Os 7 erros mais comuns em auditorias e como evitá-los

7 erros em auditorias (Instagram)

 

Auditar não é apenas verificar se existe documentação. É perceber se há controlo real.

As auditorias são momentos críticos: avaliam se a organização está apenas a “cumprir o mínimo” ou se possuí práticas consistentes e maduras. No entanto, há erros que se repetem — e podem comprometer não só o sucesso da auditoria, como a credibilidade de toda a estrutura de gestão.

Se a sua organização prepara e necessita de realizar auditorias, seja para verificar o cumprimento de requisitos legislativos (RGPD, DORA, NIS 2…), normas e boas práticas internacionais (ISO/IEC 27001, ISO 22301…), ou outros (clientes, parceiros, fornecedores …) , este artigo é para si

 

Erro 1: Tratar a auditoria como um evento pontual

Muitas organizações encaram a auditoria como uma corrida contra o tempo, só “acordando” semanas antes. Resultado? Stress, improviso e falhas óbvias.

O que fazer? planear antes de improvisar — conhecer o cronograma e os critérios das auditorias atempadamente (quando possível); integrar e aplicar de forma contínua as práticas nos processos da organização, o que permite criar uma cultura de prontidão, controlo e evidências. O objetivo passa por assegurar um elevado nível de preparação da organização, para evidenciar e responder, em qualquer momento, aos mecanismos de controlo, incluindo auditorias, realizadas por quaisquer partes interessadas internas ou externas. A auditoria e os seus resultados são reflexos de um sistema vivo de uma organização diligente — e não de um teatro temporário e de uma organização reativa.

 


Erro 2: Ter documentos, mas não práticas reais

Ter políticas assinadas e procedimentos arquivados não significa que sejam utilizados.

O que fazer? garantir que os processos são compreendidos e aplicados. Um auditor experiente procura coerência entre o que está escrito e o que se faz.

 


Erro 3: Falta de preparação das pessoas

Colaboradores apanhados de surpresa, respostas vagas ou “isso é com o IT, ou com área X”, demonstrando improviso, e/ou criando um sistema de “ping-pong” em que umas áreas “empurram” para as outras… são tudo sinais de uma organização com um modelo de governo deficiente e ausência de envolvimento das partes.

O que fazer? antes da auditoria, simular perguntas reais, clarificar e reforçar responsabilidades e autoridades, explicar o porquê das práticas e controlos. A segurança começa por compreender como é que as tarefas que realiza no dia-a-dia se mapeiam para os requisitos das práticas e controlos que a organização tem de cumprir. O colaborador tem de saber demonstrar que são aplicados e evidenciar os resultados da sua execução.

 


Erro 4: Subestimar o contexto organizacional

Muitas auditorias falham porque os riscos reais do negócio não estão refletidos no seu sistema de gestão, isto acontece, normalmente, porque a organização não se conhece a si própria. Resultado? Controlos genéricos, sem impacto, ou mesmo, práticas críticas não documentadas ou inexistentes.

O que fazer? alinhar riscos, objetivos, práticas e controlos com o contexto real da organização. Conhecer a organização e o seu risco inerente é fundamental para um planeamento com base no risco. A auditoria avalia consistência, relevância e eficácia, não o volume de documentos ou aplicações de IT que utiliza.

 


Erro 5: Não evidenciar melhoria contínua

Ter o mesmo plano, os mesmos indicadores e os mesmos erros ano após ano compromete a credibilidade do sistema. Isto demonstra falta de uma cultura de melhoria continua na organização. As causas podem ser as mais diversas, desde a falta de compromisso da gestão até à resistência à mudança.

O que fazer? identificar agentes de melhoria, mostrar ações corretivas eficazes, planos de melhoria e, decisões com base em análise crítica. Melhoria contínua não é opcional — é esperada e necessária. O contexto da organização é dinâmico, como tal, a melhoria continua deve acompanhar a necessidade de mudança.

 


Erro 6: Ignorar os registos

Políticas e procedimentos são essenciais — mas sem registos, não há prova de que algo foi realmente executado.

O que fazer? manter registos atualizados, acessíveis e coerentes com as atividades realizadas. O auditor vai querer ver evidência factual — não intenções. A evidência deve ser objetiva, estar disponível e ser verificável.

 


Erro 7: Não ligar os pontos

Auditorias falham quando as peças não encaixam: riscos não refletem os objetivos, controlos não protegem os ativos críticos, planos de resposta não são testados.

O que fazer? garantir que o sistema de gestão é coerente, integrado e orientado para o negócio. O auditor procura lógica, não complexidade. Cumprir os requisitos utilizando práticas simples e consistentes, demonstra uma organização madura. Normalmente, uma organização que aplica práticas de forma complexa ou desconexa demonstra uma maturidade deficiente ou em crescimento – devendo o auditor compreender e recomendar (caso faça parte dos objetivos da auditoria) a melhoria do nível de maturidade das práticas da organização através da melhoria continua. Recordar que o auditor é, também, um agente de melhoria, e o resultado do seu trabalho deve produzir conclusões e recomendações acionáveis.

 


O que procuram os auditores experientes?

  • Evidências objetivas
  • Ciclo de melhoria ativo
  • Envolvimento da liderança
  • Consistência entre discurso, documentos e prática
  • Adoção real das Melhores Práticas

Não se trata de agradar ao auditor. Trata-se de garantir que a organização está realmente preparada — com ou sem auditorias calendarizadas.

 


Formação que ajuda a preparar auditorias exigentes

A Behaviour desenvolve cursos que não só explicam as normas, como te preparam para aplicar, liderar e auditar com segurança:

 

A auditoria é um reflexo da maturidade da organização — e não um jogo do que se deve mostrar e esconder ao auditor.

Quem domina o seu sistema, não teme a auditoria. Usa-a com sabedoria para crescer.

Na Behaviour, formamos profissionais de excelência para atingirem esse nível de domínio. O objetivo principal não é apenas completar a formação e passar no exame — é conhecer, saber fazer e ser capaz de liderar com confiança, transformando incertezas e dúvidas em: certezas, factos e reconhecimento para o auditor e para as organizações auditadas.

 

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.

5 erros que arruínam um teste de stress cibernético

5 erros teste stress cibernetico

Porque testar é necessário? Mas testar mal pode ser pior do que não testar

Os Cyber Stress Tests (testes de stress cibernético) tornaram-se uma exigência crescente em setores como o financeiro, a saúde, os serviços digitais e as infraestruturas críticas.

Mais do que uma tendência, são hoje uma ferramenta essencial para testar a capacidade real de resposta da organização a um cenário de crise. Mas atenção que, um teste mal planeado, mal executado ou mal acompanhado pode gerar falsas certezas, e ocultar fragilidades que ninguém viu chegar.

Abaixo destacamos os 5 erros mais comuns que, por si só ou em conjunto, descredibilizam e anulam o impacto de um teste de stress.

 

1. Falta de um objetivo claro

“Misturámos tudo para ver o que acontecia.”
Este tipo de abordagem leva a exercícios caóticos, onde ninguém sabe o que está a ser avaliado, quais os indicadores de sucesso ou que lições se pretendem tirar.

Um teste eficaz tem foco: Resposta? Comunicação? Continuidade? Recuperação?
Tudo ao mesmo tempo = nada com clareza.

O objetivo define o cenário, desafios inesperados, os participantes, os critérios e o impacto.

 

2. Cenários pouco realistas (ou demasiado previsíveis)

Testes que simulam “ataques genéricos” ou que apenas repetem exercícios antigos não acrescentam valor a um novo ambiente que espelha uma nova realidade tecnológica em que a exposição ao risco aumenta exponencialmente e, muitas vezes, de forma silenciosa, tirando partido de novos cenários.
Por outro lado, testes excessivamente técnicos, sem contexto de negócio, afastam os decisores e confundem os participantes.

O segredo está no equilíbrio: um cenário plausível, com elementos de surpresa, mas ligado à realidade da organização.

Exemplo eficaz:
“É sexta-feira, 18h10. A conta do administrador está a ser usada para apagar bases de dados. O gestor de segurança está fora. Quem é responsável por responder? Quando responde? Como responde?”

 

3. Falta de envolvimento da gestão

Se os órgãos de gestão apenas veem relatórios, perde-se a componente mais importante: a capacidade de decisão sob pressão.
Muitos testes falham porque os papéis críticos não estão atribuídos… ou estão atribuídos a quem não está presente.

Resiliência não é só técnica e prontidão, mas também liderança e governação. É decidir e ter certezas no meio de um ambiente de incertezas.

 

4. Não documentar, não avaliar, não corrigir

Um teste só se justifica se gerar conhecimento útil e melhoria contínua.
Realizar um exercício sem registo, sem avaliar desempenhos, sem estabelecer planos corretivos é teatro, não é preparação.

“Correr bem” não significa não falhar.
Significa identificar falhas, aprender e corrigir.

 

5. Testar com a equipa ideal, no cenário correto

Muitos testes são feitos com os protagonistas certos, no momento certo e com tudo preparado ao minuto.
Mas… e se o responsável estiver de férias? E se o fornecedor não responder? E se a decisão tiver de ser tomada com apenas 50% da informação?

O objetivo é testar a resposta no caos,  não num laboratório. Nenhum cenário se irá materializar da forma exata que planeámos, pelo que introduzir incerteza e medir a resiliência são fatores críticos para uma resposta eficaz aquando de um cenário real.

 

Como fazer bem?

  • Definir um objetivo claro e específico
  • Criar um cenário credível, desafiante e relevante para o negócio
  • Introduzir incerteza nos momentos que tínhamos como certos
  • Envolver todos os níveis da organização, incluindo liderança
  • Medir desempenhos, identificar falhas e apresentar um plano sólido de melhoria
  • Repetir periodicamente e escalar a dificuldade com maturidade

 

Preparar equipas para testes exigentes

Com a Behaviour, as organizações aprendem a planear, executar e melhorar os seus testes de stress tendo por base normas, frameworks e a realização de exercícios reais:

 

Testar é mais do que cumprir uma exigência interna ou um requisito externo.
É a única forma real de saber se estamos prontos.

Mas atenção: testar mal pode ser mais perigoso do que não testar.
Porque cria a ilusão de que estamos preparados… quando ainda não estamos.

Aplicando os métodos, cenários e objetivos certos, os testes de stress transformam-se em poderosas ferramentas de maturidade organizacional.

 

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.

Frameworks vs Regulamentos: o que realmente precisa de implementar?

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Num mundo saturado de normas, standards, diretivas e regulamentos, muitas organizações enfrentam a mesma dúvida:

Afinal, devemos implementar o quê? A ISO/IEC 27001? O NIST? A NIS 2? O DORA? Tudo?

A resposta certa não é “um ou outro”.
É: o que faz sentido e é exigido para a sua realidade, os seus riscos e as suas obrigações legais.

 

Neste artigo, vamos clarificar as diferenças entre frameworks e regulamentos, e ajudar a perceber o que deve mesmo implementar — e porquê.

 


Frameworks: linhas orientadoras, não imposições

Frameworks são conjuntos de boas práticas, estruturas lógicas e recomendações que orientam a implementação de sistemas de gestão, segurança ou governação.

São voluntárias, mas altamente valorizadas por serem práticas comprovadas e testadas pelo mercado, especialmente em auditorias, concursos públicos, relações com clientes e gestão de risco reputacional.

  • Exemplos de frameworks:
    • ISO/IEC 27001 – Gestão da segurança da informação
    • ISO 22301 – Continuidade de negócio
    • NIST CSF – Framework de cibersegurança (EUA)
    • COBIT 2019 – Governação e gestão de IT
    • CSA CCM – Controlo de segurança em cloud
    • CSA AICM – Controlo de tecnologias de IA
  • Porque implementar?
    • Demonstram maturidade organizacional
    • Permitem alinhamento com normas internacionais
    • São reconhecidas globalmente
    • Ajudam a preparar para regulamentos futuros
    • Suportam certificações que aumentam credibilidade

 


Regulamentos e diretivas: obrigações legais

Os regulamentos e diretivas são instrumentos jurídicos da União Europeia. Têm força legal e devem ser cumpridos por todas as entidades abrangidas.

A não conformidade pode resultar em sanções, coimas, perda de contratos ou processos judiciais.

  • Exemplos:
    • NIS 2 (2022/2555) – Segurança de redes e sistemas em setores essenciais
    • DORA (2022/2554) – Resiliência operacional no setor financeiro
    • Cyber Resilience Act (2024/2847) – Segurança de produtos digitais no mercado europeu
    • RGPD (2016/679) – Proteção de dados pessoais
    • AI Act (2024/1689) – Regulação de sistemas de inteligência artificial
  • Porque cumprir?
    • Obrigação legal direta
    • Fiscalização por entidades reguladoras nacionais
    • Penalizações significativas em caso de incumprimento
    • Reputação em risco em caso de incidente não reportado ou não gerido

 


O erro comum: aplicar só frameworks… quando já tem obrigações legais

Muitas organizações implementam a ISO/IEC 27001 ou o NIST CSF e assumem que isso é suficiente para cumprir regulamentos como a NIS 2 ou o DORA. Mas, não é suficiente, é preciso ir mais longe.

As frameworks ajudam, mas não substituem as obrigações específicas.

Exemplo:

  • A ISO/IEC 27001 ajuda a estruturar e a gerir a segurança da informação definindo requisitos genéricos.
  • Mas a NIS 2 exige o cumprimento de requisitos específicos, por exemplo, reporting em 24h, responsabilização e compromissos específicos da gestão de topo, mapeamento da cadeia de fornecimento, entre outros pontos que vão além da ISO.

 


O que implementar, então?

Se está num setor importante, essencial ou crítico:

  • Implemente os regulamentos aplicáveis (NIS 2, DORA, CRE, CRA…)
  • Complemente com frameworks como a ISO/IEC 27001, ISO 22301, NIST CSF para garantir robustez e maturidade

Se ainda não tem obrigações legais diretas:

  • Comece por frameworks reconhecidas (ex: ISO/IEC 27001, NIST CSF)
  • Antecipe regulamentação futura
  • Reduza riscos e aumente a confiança do mercado

 


Dica prática: mapa cruzado

Muitas formações da Behaviour incluem mapas de correspondência entre regulamentos e frameworks. Por exemplo:

  • Com a ISO/IEC 27001 suporta a conformidade com a NIS 2
  • Com a ISO 22301 suporta os requisitos do DORA
  • Com os NIST CSF e SSDF reforça a preparação para o CRA

Isto permite maximizar esforços e evitar trabalho duplicado.

 


Formação recomendada para alinhar frameworks e regulamentos

 

Frameworks guiam.
Regulamentos obrigam.

A chave está em saber quando usar cada um e como integrá-los.

Quem aposta só no mínimo legal, cumpre.
Quem combina frameworks + regulamentos, lidera.

Na Behaviour, formamos profissionais e equipas para atuarem com confiança, clareza e visão, seja para obter certificação, garantir conformidade ou criar vantagem competitiva.

 

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.

 

5 competências que todos os profissionais de cibersegurança precisam, e nenhuma é técnica

5 Competências Ciberseguranca_Linkedin

 

Quando se pensa em cibersegurança, muitos imaginam firewalls, criptografia, ferramentas de deteção de intrusão ou testes de penetração. Tudo isto é importante — mas não é suficiente.

A verdade é que os profissionais que trabalham de forma mais eficaz em cibersegurança, têm algo mais.
E esse “mais” raramente se ensina em cursos técnicos.

Neste artigo, mostramos as 5 competências essenciais não técnicas que fazem toda a diferença — nas equipas, nas auditorias e nos momentos críticos

 

1. Comunicação clara e adaptada

  • Ser capaz de traduzir riscos técnicos em impacto real para o negócio é uma das competências mais valiosas na área.
  • Se não se consegue explicar por que razão um controlo é crítico … como se pode esperar que o mesmo seja implementado?
  • Um bom profissional de cibersegurança comunica com técnicos, gestores e decisores — cada um na sua linguagem.

 

2. Gestão de conflitos sob pressão

  • Incidentes de segurança trazem stress, acusações e urgência. Saber gerir desacordos, evitar a atribuição de culpas e focar-se em soluções é o que distingue quem lidera de quem só executa.
  • Um bom analista reage. Um profissional maduro gere a resposta, mesmo quando o caos parece inevitável.

 

3. Pensamento crítico e visão sistémica

  • Cibersegurança não é seguir checklists. É analisar contexto, questionar suposições, identificar interdependências e antecipar consequências.
  • O que hoje parece uma falha menor pode, em cadeia, pode tornar-se o vetor de um ataque massivo.
  • Saber fazer ligações — entre riscos, sistemas, pessoas e processos — é uma skill estratégica.

 

4. Ética profissional inabalável

  • O acesso privilegiado a sistemas, dados e decisões exige um sentido ético acima da média. Discrição, responsabilidade e integridade são tão cruciais como qualquer certificação.
  • Uma decisão ética protege mais que qualquer antivírus.

 

5. Capacidade de aprendizagem contínua

  • A tecnologia muda. Os ataques evoluem. Os regulamentos atualizam-se. O que hoje é boa prática, amanhã pode ser insuficiente.
  • Estar em cibersegurança é assumir que nunca se sabe tudo — e agir em conformidade.
  • Profissionais que aprendem de forma constante são os únicos verdadeiramente resilientes.

 

E como se adquirem estas competências?

  • Experiência em ambientes reais
  • Formações com simulações, casos e cenários práticos
  • Exposição a equipas multidisciplinares
  • Reflexão crítica sobre decisões passadas e lições aprendidas
  • Mentoria, coaching e partilha de boas práticas

 

Desenvolva estas competências com as nossas formações

Na Behaviour, criamos cursos que não formam apenas técnicos. Formam profissionais completos — com visão, ética, pensamento crítico e liderança.

 

A segurança de uma organização não depende apenas da tecnologia que usa. Depende das pessoas que a protegem.

E as pessoas que a protegem com mais eficácia são aquelas que:

  • comunicam com clareza,
  • pensam com rigor,
  • lideram com empatia,
  • aprendem com consistência,
  • e agem com integridade.

Estas são as competências que tornam um técnico… um verdadeiro profissional de cibersegurança.

 

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.

Outubro é o Mês da Cibersegurança: como transformar 31 dias de sensibilização em proteção real

Outubro mês da Ciberseguranca_Instagram

 

Este ano, a campanha europeia coloca o foco no phishing.

Abaixo, apresenta-se um plano pronto‑a‑usar para envolver colaboradores, medir impacto e deixar resultados que ficam para lá de outubro.

 

Porquê falar disto agora?

  • Campanha oficial da UE. Todos os anos, em outubro, decorre o Mês Europeu da Cibersegurança (ECSM), coordenado pela ENISA e pela Comissão Europeia, com ações de sensibilização em toda a UE. ECSM
  • Foco 2025: phishing. A edição de 2025 arranca com ênfase explícita em combater o phishing, disponibilizando orientações práticas e materiais para cidadãos e organizações. Digital Strategy EU
  • Ameaças em alta. O ENISA Threat Landscape 2025 analisou 4.875 incidentes (jul/2024–jun/2025) e descreve um cenário de campanhas contínuas e convergentes que corroem a resiliência. ENISA
  • O vetor n.º 1 continua a ser humano. O phishing permanece o principal método de intrusão identificado na UE, com campanhas cada vez mais convincentes, muitas com apoio de IA. Infosecurity Magazine
  • Em Portugal, o CNCS centraliza recursos, notícias e iniciativas de sensibilização úteis para organizações e cidadãos. cncs.gov.pt

 

O objetivo para as organizações

Passar de “campanhas” a “capacidades”: usar outubro para criar hábitos (e evidências) que reduzem risco ao longo do ano. Pense em mensagem + prática + métrica:

  • Mensagem certa (curta, clara, repetida)
  • Prática guiada (simulações, exercícios, checklists)
  • Métricas objetivas (prova de eficácia e melhoria contínua)

 

Programa de 31 dias: 4 semanas, 4 temas, métricas simples

 


Semana 1 — Phishing e Engenharia Social (foco oficial 2025)

O que fazer?
– Micro‑aula de 10 minutos: como identificar phishing (remetente, URL, tom de urgência, anexos).
– Lançar simulação de phishing (dois níveis de dificuldade).
– Instalar um “botão de reporte” no e‑mail (se ainda não existir).
– Cartaz digital “Pára, Verifica, Encaminha”: Pára → respira; Verifica → verifica remetente e URL; Encaminha → reporta.

Métricas: Taxa de abertura e taxa de reporte da simulação; tempo médio até ao primeiro reporte; taxa de cliques por nível.

Recursos oficiais úteis
Materiais e conteúdos ECSM/ENISA; este ano, o enfoque explícito no phishing facilita mensagens e exercícios. Digital Strategy EU

 


Semana 2 — Palavras‑passe, MFA e Identidades

O que fazer?
– “Clínica” de gestores de passwords (como criar/guardar senhas fortes).
– Campanha de MFA: ativação obrigatória para e‑mail, VPN e apps críticas.
– Revisão de acessos privilegiados (JIT/JEA) e revogação de contas inativas.

Métricas: % de contas com MFA ativo; nº de acessos privilegiados reduzidos; tempo de revogação após saída interna.

 


Semana 3 — Dispositivos, Dados e Cloud (higiene e privacidade)

O que fazer?
Hardening rápido: atualizações automáticas, EDR ativo, encriptação de disco.
– Backups e restauros: fazer (e validar) pelo menos um teste de restore até ao RPO/RTO aprovados.
– Mapeamento de dados: onde residem dados sensíveis (inclui SaaS), quem tem acesso e porquê.

Métricas: Cobertura EDR, sucesso de restore, % de dados críticos com encriptação e dono nomeado.

 


Semana 4 — Terceiros, Continuidade e Reporte de Incidentes

O que fazer?
Table‑top de cibercrise de 90 minutos: cenário de phishing bem‑sucedido + perda de SaaS crítico.
– Rever contratos de fornecedores críticos: RTO/RPO, aviso de incidentes, direito a auditar e exit plan.
– Playbooks de reporte (incluindo requisitos de reporte regulatório aplicáveis): quem reporta a quem, em que prazos, com que templates.

Métricas: Tempo até decisão executiva; cumprimento de RTO/RPO em teste; % de terceiros críticos com evidências atualizadas.

 


 

Conteúdos prontos para enviar (copiar/colar)

Mensagem de arranque (e‑mail/Teams/Slack)

Outubro é o Mês da Cibersegurança. Este ano vamos concentrar‑nos em detetar e reportar phishing.
Ao longo do mês, vais receber micro‑aulas, simulações e dicas simples.
Se suspeitares, reporta — mesmo que seja falso alarme.
A segurança começa contigo. Digital Strategy EU

Aviso rápido para simulações

Esta semana vais receber e‑mails de simulação. O objetivo é aprender. Se algo parecer estranho: pára, olha, passa (reporta).

Cartaz digital para elevadores e backgrounds

“3 segundos antes de clicar” — Remetente • URL • Pedido

“Fala connosco” — Botão de reporte no Outlook/Gmail; canal #segurança

 


O que medir (e como mostrar ao Board)

  • Phishing: taxa de reporte ↑, cliques ↓ (ajustado à dificuldade), tempo até 1.º reporte.
  • Identidades: % MFA ativo; tempo de revogação; nº de privilégios reduzidos.
  • Resiliência: sucesso de restore; RTO/RPO atingidos no table‑top.
  • Terceiros: % de fornecedores críticos com evidência válida (relatórios/auditorias).

Bónus: transforme métricas em gráficos simples e compare base (setembro) vs. outubro (final do mês).

 

 

Erros comuns (e o antídoto)

  • Campanhas punitivas que envergonham quem erra → educar, não punir: reforçar o bom reporte, mesmo quando é falso alarme.
  • Mensagens longas e técnicas → micro‑conteúdos em português claro, com exemplos reais.
  • Falto de prova → guardar evidências: atas, relatórios de simulação, capturas de dashboards, listas de MFA.

 

 

Eventos e recursos que podes aproveitar já

  • Portal oficial do ECSM com explicação, materiais e atividades. ECSM
  • ECSM 2025: foco no phishing — comunicações e guias de boas práticas. Digital Strategy EU
  • Press release ETL 2025 (dados e tendências para enriquecer apresentações internas). ENISA
  • ENISA Threat Landscape 2025 (relatório) — base para briefings a executivos e para justificar investimentos. ENISA
  • Agenda europeia: exemplo — European Cybersecurity Challenge 2025 (6–10 out., Varsóvia), útil para conteúdos e awareness em equipas técnicas. ENISA

 

 

Perguntas frequentes (para a equipa de Helpdesk/Segurança)

  • “Recebi um e‑mail suspeito. Apago?” → Primeiro reporta pelo botão; o SOC/IT analisa.
  • “Cliquei sem querer. E agora?” → Reporta imediatamente; muda password; corre EDR; fecha sessão em todos os dispositivos.
  • “Como sei se um link é seguro?” → Passa o rato por cima do link; verifica domínio e HTTPS; se tiver encurtador (ex. º https://abrir.link/UuEcO), não cliques — reporta.
  • “Posso usar uma pen USB?” → Apenas dispositivos autorizados. Se for externo, verifica com o IT.

 

 

Cursos Behaviour recomendados (para transformar sensibilização em capacidade)

 

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo, exceto as sugestões delimitadas nos
Conteúdos prontos para enviar (copiar/colar).

 

Os Maiores Desafios Operacionais das Empresas em 2025

Maiores Desafios Operacionais Empresas

 

Num cenário económico e tecnológico em constante evolução, as organizações enfrentam um desafio permanente: como alcançar eficiência, resiliência e inovação, enquanto navegam por custos elevados, riscos crescentes e uma regulação cada vez mais complexa.

Embora os desafios variem consoante o setor e o grau de maturidade das empresas, há padrões recorrentes que emergem em praticamente todas as análises de mercado. Grandes consultoras internacionais, como a McKinsey e a PwC, têm produzido estudos estratégicos que identificam os principais entraves operacionais da atualidade. Paralelamente, a ENISA — Agência da União Europeia para a Cibersegurança — desempenha um papel central na definição de políticas e na coordenação da resposta europeia a ameaças digitais, publicando relatórios técnicos e análises setoriais de elevada relevância, que complementam e aprofundam a compreensão dos riscos e desafios enfrentados pelas organizações. Destacam-se:

 

1. Eficiência e Redução de Custos

A pressão para fazer mais com menos é uma constante transversal a todos os setores. Muitas organizações continuam a operar com processos redundantes e manuais, refletindo uma digitalização ainda incompleta. A busca por ganhos de produtividade, através da automação e da integração tecnológica, deixou de ser uma opção — tornou-se uma necessidade estratégica.

 

2. Talento e Competências

Atrair e reter profissionais qualificados tornou-se um dos maiores desafios organizacionais da atualidade. A escassez de competências digitais, tecnológicas e de liderança é real e transversal a múltiplos setores. Mais do que recrutar, é essencial investir no desenvolvimento contínuo e na motivação das equipas, promovendo culturas organizacionais sólidas, inclusivas e orientadas para o crescimento.

 

3. Resiliência e Continuidade do Negócio

Crises globais, ciberataques e disrupções nas cadeias de fornecimento têm exposto vulnerabilidades estruturais em muitas organizações. Em vários casos, os planos de contingência revelaram-se desatualizados, inadequados — ou simplesmente inexistentes. Mesmo quando existem, muitos nunca foram testados, o que compromete a sua eficácia em situações reais. A resiliência deixou de ser uma vantagem competitiva: tornou-se uma prioridade estratégica para garantir a continuidade operacional em cenários de elevada imprevisibilidade.

 

4. Gestão da Cadeia de Fornecimento

A globalização trouxe eficiência, mas também dependências perigosas. Hoje, riscos geopolíticos, ambientais e tecnológicos podem paralisar operações em poucas horas. Ter visibilidade ponta a ponta da cadeia é essencial para gerir vulnerabilidades.

 

5. Transformação Digital e Tecnologia

A migração para a cloud, a adoção da inteligência artificial e a integração de IoT e automação estão a transformar profundamente os modelos operacionais das empresas. O verdadeiro desafio reside em equilibrar a inovação com a manutenção de sistemas legados, ao mesmo tempo que se assegura a proteção de dados num cenário de ameaças digitais cada vez mais sofisticadas.

 

6. Conformidade e Regulamentação

Com exigências cada vez mais rigorosas — do RGPD ao DORA, da NIS 2 aos critérios ESG —, as organizações enfrentam o desafio de alinhar os seus processos com padrões legais e normativos internacionais. A crescente complexidade do enquadramento regulatório exige que os requisitos de conformidade sejam integrados desde o planeamento estratégico até às operações do dia a dia, tornando-se um elemento central da gestão empresarial moderna.

 

7. Sustentabilidade e Pressão ESG

A responsabilidade ambiental e social deixou de ser opcional. Clientes, investidores e reguladores exigem resultados concretos. Incorporar práticas sustentáveis e de economia circular tornou-se condição para competir e manter credibilidade. Hoje, o ESG não é apenas uma mera tendência — é um novo padrão de legitimidade empresarial.

 

O maior desafio operacional das empresas não está apenas em reduzir custos ou inovar, mas em conseguir equilibrar múltiplas exigências ao mesmo tempo:

  • ser eficiente sem perder qualidade;
  • ser resiliente sem deixar de inovar;
  • ser sustentável sem comprometer resultados.

As organizações que conseguirem alinhar estes eixos — eficiência, resiliência e inovação — terão maior capacidade de competir num mercado global cada vez mais imprevisível.

 

 

Como a Behaviour pode ajudar?

Na Behaviour, acreditamos que a preparação é o alicerce da resiliência organizacional. Por isso, desenvolvemos formações especializadas que capacitam equipas para enfrentar os desafios regulatórios e operacionais mais exigentes:

 

Porque cada desafio exige conhecimento especializado, as nossas formações foram desenhadas para dar às empresas a capacidade de agir antes da crise e transformar a conformidade em vantagem competitiva.

 

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.

 

 

A IA não vai substituir auditores

inteligencia artificial auditores

 

Mas vai substituir quem a ignora.

 

A Inteligência Artificial deixou de ser futuro — é presente.
Transforma a forma como lidamos com dados, controlo, decisão e risco. E a auditoria não escapa a essa revolução.

A IA já não é uma ferramenta “nice to have”.
É uma competência crítica para quem quer continuar relevante.

Mas atenção: a IA não vai eliminar o papel do auditor humano – vai deixar obsoletos os profissionais que continuam a trabalhar como se nada tivesse mudado.

 

O que a IA já faz — e bem

 1. Análise massiva de dados em segundos
Processa milhões de registos de transações e logs em tempo real — detetando padrões invisíveis.

2. Deteção de desvios e comportamentos atípicos
Algoritmos de machine learning antecipam fraudes ou falhas operacionais.

3. Interpretação automatizada de textos
Softwares de NLP (Processamento de Linguagem Natural) avaliam contratos, políticas ou cláusulas e identificam lacunas.

4. Apoio à decisão com base no risco
A IA pode simular cenários, sugerir medidas corretivas e priorizar ações com base em risco, custo ou impacto — com rapidez e lógica.

 

Mas o que a IA ainda não faz (ou pode não fazer tão cedo)

  • Contextualizar decisões num ambiente cultural e organizacional específico
  • Interpretar intenções humanas e fatores políticos internos
  • Avaliar consequências éticas e sociais
  • Conduzir entrevistas e avaliar linguagem não verbal
  • Construir confiança e facilitar mudança cultural nas equipas

A IA amplifica o auditor — mas não o substitui.

 

O risco de ignorar a IA

Os profissionais que continuam presos a modelos manuais, a decisões baseadas em checklists ou nos resultados de análises de amostragens limitadas, vão ficar para trás.
Não porque a IA os “substituiu”, mas porque o mercado deixou de os procurar.

Não se trata apenas de “usar novas ferramentas”.
Trata-se de trabalhar com inteligência aumentada.

 

O que fazer agora? 

  • Compreender os fundamentos da IA
    Não precisa de ser programador, mas precisa de entender o básico de modelos, algoritmos, machine learning, NLP, etc.
  • Conhecer os riscos da IA
    Viés algorítmico, falta de transparência (black box), responsabilidade ética, conformidade com o AI Act europeu (Reg. 2024/1689).
  • Saber aplicar a IA em auditoria e GRC
    Usar IA para a identificação automática de riscos, apoiar na tomada de decisão, detetar padrões em relatórios ou validar controlos com maior rapidez.
  • Preparar-se para auditar sistemas que usam IA
    Hoje, já não usa apenas — já tem de estar preparado para auditar sistemas baseados em IA.
    Isso exige novos conhecimentos, normas e frameworks (ex. º ISO/IEC 42001, AI Act, NIS 2, DORA).

 

Como se pode preparar com a Behaviour

A Behaviour prepara profissionais e equipas para atuar com confiança e visão num mundo onde a IA já é parte do processo de auditoria e gestão de risco.

Cursos Behaviour que já integram estas competências — Profissionais que dominam IA, auditoria e governança de risco digital:

 

A Inteligência Artificial não vai substituir o auditor.
Vai tornar irrelevante quem continuar a ignorar o que ela representa — e como está a transformar o mundo do controlo.

Compreender, integrar e aplicar a IA com discernimento é o que vai separar os profissionais indispensáveis dos que ficarão para trás.

Porque o futuro da auditoria não pertence a quem repete.
Pertence a quem evolui.

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.

 

Como preparar a sua organização para um teste de stress cibernético sem entrar em pânico

Testes_Stress_Ciberneticos

 

Os Cyber Stress Tests estão a chegar.
E não são uma moda passageira — são uma exigência crescente para organizações críticas, financeiras e reguladas.

A ENISA (Agência Europeia para a Cibersegurança) e os reguladores setoriais estão a empurrar as organizações para um novo patamar: simular, testar e demonstrar a sua resiliência operacional e cibernética sob pressão realista.

A pergunta já não é “se” a sua organização vai ser colocada à prova.
É “quando” — e como vai responder.”

Neste artigo explicamos o que é um teste de stress cibernético, o que pode correr mal e como preparar a sua organização com método, sem pânico e com resultados reais.

 

 

O que é um teste de stress cibernético?

Um Cyber Stress Test é um exercício estruturado que simula cenários reais de ataque ou falhas críticas com o objetivo de:

  • Testar os sistemas técnicos
  • Avaliar a prontidão das equipas
  • Verificar a capacidade de resposta, comunicação e recuperação
  • Expor pontos fracos antes que seja tarde demais

Estes testes podem ser internos ou mandatados por reguladores – como a EBA para instituições financeiras, ou a ENISA no contexto europeu.

 


O que pode falhar — se não estiver preparado

  • Falta de coordenação entre equipas (TI, segurança, operações, jurídico)
  • Processos teóricos que não funcionam sob pressão
  • Pessoas que não sabem o que fazer, ou pior: entram em pânico
  • Sistemas que falham porque ninguém os testou fora do “modo normal”
  • Comunicação desorganizada, tanto interna e externa

Um teste de stress mal preparado não só falha — como expõe fragilidades críticas que podem ser fatais num cenário real.

 

Como preparar um teste de stress cibernético com método

1. Defina o objetivo do teste
O que está a testar?

  • Resposta a incidentes?
  • Comunicação interna?
  • Recuperação de backups?
  • Continuidade de serviços críticos?
  • Tempo de reação da gestão?

O objetivo do teste define o cenário.

2. Escolha o tipo de teste

  • Tabletop exercise (TTX) – simulação em sala, com discussão de papéis e decisões
  • Walkthrough – execução guiada de procedimentos
  • Live simulation – ataque realista em ambiente de testes (ou produção controlada)

Comece com exercícios simples. Escale à medida que a maturidade da organização aumenta.

3. Simule o caos — mas com controlo
Crie um cenário credível, desafiante e ligeiramente desconfortável.

Exemplo:
“Sexta-feira, 18h10. Recebem um alerta de atividade anómala em múltiplas contas privilegiadas. Os backups parecem comprometidos. O responsável de segurança está incontactável.”
Foca a tensão real. É isso que testa a resiliência.

4. Defina papéis e responsabilidades com clareza

  • Quem coordena?
  • Quem comunica?
  • Quem aprova decisões críticas?
  • Quem ativa os planos de resposta?

Um bom exercício mede a capacidade de tomar decisões com clareza — não apenas a competência técnica.

5. Avalie, aprenda e ajuste
Após o teste:

  • O que correu bem?
  • O que falhou?
  • Que medidas devem ser revistas?
  • Quem precisa de formação adicional?

O objetivo do teste é melhorar continuamente — não obter uma nota máxima.

 

Ferramentas que pode usar

  • Matriz de impacto vs probabilidade (para definição de cenários)
  • Mapas RACI (para clarificar papéis e responsabilidades durante o exercício)
  • Playbooks de resposta a incidentes
  • Cadernos de lições aprendidas
  • Dashboards de acompanhamento em tempo real

 

Formação para equipas que precisam de estar prontas?

A Behaviour desenvolve formações que preparam equipas técnicas, operacionais e de gestão para responder com eficácia e confiança:

 

 

A verdadeira resiliência não está no plano.
Está na capacidade de agir sob stress — com foco, clareza e eficácia.

Um bom teste de stress não serve para impressionar.
Serve para corrigir antes que seja tarde demais.

Na Behaviour, ajudamos as organizações a transformar teoria em prática — e a preparar equipas que sabem o que fazerquando tudo parece estar a falhar.

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.

 

 

Segurança em Período de Férias

Seguranca Periodo Ferias

 

 

Cuidados essenciais para profissionais e equipas que não podem dar férias aos riscos

 

Agosto chegou. Para muitos, é tempo de descanso. Para os riscos — é oportunidade.

Quando entramos em modo verão, relaxamos, as equipas rodam e os processos abrandam. Mas os riscos mantêm-se atentos. É precisamente nesses períodos de menor vigilância que muitos dos incidentes mais graves têm origem.

Partilhamos os principais cuidados a ter antes, durante e após o período de férias, com foco na segurança da informação, continuidade do negócio e resiliência organizacional.

 


Antes das férias: preparar, proteger, delegar

 

1. Reveja e limite contas e acessos

  • Elimine acessos temporários ou não utilizados
  • Verifique permissões atribuídas a prestadores externos
  • Restrinja acessos privilegiados e garanta rastreabilidade
  • Aplique regras claras para órgãos de gestão, se necessário
  • Registe tudo — acções de desativação e reativação futuras

Acesso mínimo. Tempo limitado. Tudo rastreável.

2. Defina substitutos e procedimentos claros

  • Quem substitui quem?
  • Que decisões podem ser tomadas?
  • O que fazer em caso de incidente?

Continuidade não é só presença — é preparação e resposta.

3. Reforce a vigilância contra fraudes e phishing

  • Pagamentos urgentes em nome do CEO ausente
  • Pedidos falsos de mudança de IBAN
  • Mensagens urgentes com penalizações
  • Prémios ou sorteios falsos
  • Links fraudulentos sobre entregas
  • Cuidado com deepfakes: voz ou vídeo falsos com pedidos de acessos, transferências ou extorsão

Redobre a atenção. Aplique ciber-higiene. Reporte sempre.

4. Reveja os planos de continuidade e resposta a incidentes

  • Planos atualizados e testados com equipa reduzida?
  • Quem ativa o plano em agosto?
  • Fornecedores continuam prontos nesse período?

Um plano que não funciona em férias… não é plano.

 


Durante as férias: manter o essencial a funcionar

 

5. Cuidado com redes e Wi-Fi públicas

  • Desligue redes e equipamentos não necessários
  • Evite Wi-Fi públicas para aceder a sistemas
  • Se inevitável, use VPN da organização

A conveniência de hoje pode ser o incidente de amanhã.

6. Proteja e automatize — sem desligar totalmente

  • Automatize backups (de preferência imutáveis)
  • Ative alertas e notificações para incidentes
  • Garanta visibilidade mínima — mesmo em férias

Automação inteligente protege mesmo quando desliga.

7. Evite expor a sua ausência nas redes

  • Evite frases como “fora até setembro”
  • Evite fotos e vídeos com localização em tempo real
  • Prefira grupos fechados para partilhas pessoais

Maior pegada digital = mais oportunidade para ataques de engenharia social.

 


Depois das férias: validação e reativação

 

8. Revalide acessos e alterações feitas

  • Alguma conta temporária ainda ativa?
  • Configurações alteradas sem reversão?
  • Algum incidente não detetado?
  • Reveja logs e relatórios de segurança

Pós-férias = check-up obrigatório.

9. Atualize e valide sistemas

  • Aplique atualizações de segurança pendentes
  • Verifique backups e relatórios
  • Confirme integridade dos logs, incluindo o antivírus e a firewall

Comece com confiança. Sem dúvidas técnicas.

 


Formação recomendada?

A Behaviour ajuda equipas a antecipar riscos, responder a incidentes e reforçar a continuidade — antes, durante e depois das férias.

Cursos recomendados:

 

Preparar é proteger. Mesmo quando todos estão a desligar.

A segurança não tira férias. Mas com o planeamento certo, você pode.

Ver calendário de formações

 

 

Autor: Behaviour
Não é autorizada a cópia ou reprodução deste artigo.